A garota no trem - resenha


Título: A garota no trem
Autor (a): Paula Hawkins 
Editora: Record
Número de páginas: 377
Gênero: suspense, thriller psicológico.

Diariamente Rachel pega o trem parador das 8hs e 04min. de Ashbury a Euston (Londres). O trajeto, que passa por diversos bairros de cidades interioranas, permite que a moça vislumbre algumas casas. Uma delas especialmente chama sua atenção. Nela habita um casal que ela apelidou de Jess e Jason (porque na verdade ela não os conhece pessoalmente), que idealiza como um casal perfeito.  A harmonia diária se quebra quando, numa manhã, Jess (que na realidade é Megan) é declarada desaparecida e posteriormente encontrada morta. A polícia procura por Rachel, já que esta estava na cidade da defunta na noite do desaparecimento, colocando - a inicialmente como uma suspeita em potencial. A partir daí Rachel passa a se envolver diretamente com os que tem relação com o crime, de modo que um desfecho trágico é inevitável.
O livro é muito bom. Inicialmente tudo é visto de um panorama geral, mas com o desenrolar da história você vai descobrindo a real situação das personagens.
Rachel, nossa garota no trem, apesar de viajar diariamente, está desempregada, mas mantém as aparências para não preocupar Cathy, a amiga dona da casa onde aluga um quarto, e desde a época em que era casada com Tom, bebe com grande frequência, o que a transformou em uma alcoólatra. Rachel é a imagem do ser humano em decadência, só e triste, que compensa na bebida a mágoa da separação do marido. Anna, a atual esposa de Tom e a causa da separação entre ele e Rachel, é  a representação da pessoa que pensa só em si e, no caso, na filha, apresentando no final atitudes totalmente inusitadas. E finalmente Megan, a mulher assassinada. É uma artista decadente e dona de casa desde o casamento com Scott. Contudo, mesmo amando o marido, ela passa, com frequência a traí-lo, devido, ao que parece, pela opressão que sente ao ficar somente em casa, sem nada para fazer. Megan acaba sendo morta por seu maior defeito: não aceitar a rejeição.
As três mulheres supracitadas compõem os pontos de vista em que a história é apresentada, ora contribuindo ora prejudicando na conclusão do leitor de quem pode ser o assassino.
A obra se trata de uma leitura compulsiva, em que muitas vezes você não vai querer largá-la, e em outras vai querer entrar dentro da história só para poder fazer alguma coisa. Não se trata de uma obra prima do suspense, é verdade, mas vale muitos dos elogios que recebe. 







Recentemente, como já se sabe, a obra foi adaptada às telas do cinema pela Universal Pictures, sendo dirigida por Tate Taylor, tendo no elenco Emily Blunt como Rachel, Rebecca Fergusson como Anna e Halley Bennett como Megan.

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